quarta-feira, 19 de junho de 2013

Exaustidão


   Já era noite, mas o dia tinha passado tão devagar que a garotinha estava cansada de esperar o dia acabar.
   As horas passavam tão lentamente, era como se o tempo não corresse.
Ela se encaminhou para o seu quarto onde não havia ninguém, viu sangue escorrer pelas suas mãos, mas nada doía. Estrando, correu até o espelho. Seu corpo aos poucos estava se desintegrando, como se ela fosse um sorvete derretendo. O medo, que se tornará seu companheiro por muito tempo, estava indo embora. Um sentimento de alivio reinava dentro de si. O que antes ela não compreendia, agora não era tão importante. Tudo estava indo embora, até aquilo que ela achou impossível um dia ir. Aos poucos a visão no espelho começou a de distorcer, ela sentia-se exausta. O cansaço também aos poucos foi partindo. As lagrimas não saiam mais, o sorriso era impossível aparecer, sua pulsação estava devagar. A garotinha apenas queria que o dia passasse mais rápido, agora nem o "tempo" não há mais. O sangue que antes escorria, simplesmente parou. Tudo parou. E a garotinha, enfim descaçou.


Sandi

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